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Endermo e suas pérolas parte 2

Beauty portrait of senior woman looking in mirror

Olá Caçadores de pérolas!!!

Hoje vamos falar de mais uma pérola!!! Sinceramente não consigo compreender o que leva um profissional a indicar isso … prepare seu coração:

A cliente: Fui fazer uma avaliação para realizar uma cirurgia mas o médico disse que não tenho flacidez o suficiente e me indicou tratamentos estéticos.

A Pérola: Não se preocupa, a gente pode fazer endermo que causa bastante flacidez aí você faz a sua cirurgia!

GEZUIIIIIIIIIIIIIIIIIS!!! Pára tudo pelo amor de DEUS!! Não é possível que a criatura teve coragem de dizer uma coisa dessas!!! Até onde sei a tecnologia está aí a favor da Beleza e não contra ela…. Cade a ética? Cade a competência? Cade a responsabilidade? Onde vamos parar????

E vc infartou? Já se recuperou do susto? Então vamos a explicação:

A endermologia é uma técnica criada a partir de experimentações utilizando-se a pressoterapia por pressão negativa, sendo que o receptor de pressão tem suas paredes ativas, destinadas do incremento circulatório, tanto venoso quanto linfático e ainda a massoterapia por rolagem e palpação (Andrade, 2005)

A endermologia atua nos planos cutâneos e subcutâneos, nomeadamente no tecido conjuntivo, tecido adiposo e estruturas vasculares e linfáticas. Promove um aumento na circulação local, proporciona um desfibrosamento profundo e um aplanamento da epiderme, por meio desta técnica normaliza-se a vascularização cutânea eliminando as toxinas estagnadas, melhorando então o aporte de substâncias e os elementos nutritivos que agem sobre o tecido conjuntivo. (Borges, 2006)

Adcock et al (2001) realizaram um estudo com duas raças de porcos . Os objetivos deste trabalho foram estudar se o tratamento com endermologia poderia causar algum tipo de lesão na derme e na fáscia superficial e ainda mensurar e analisar as forças geradas nos tecidos submetidos ao tratamento, o estudo demonstrou uma remodelação no colágeno quando submetido a pressão adequada do equipamento.

Uma revisão de literatura feita por Blome (1999) relata a indicação da endermo como melhora na cicatrização, melhora no aspecto da FEG (fibro edema gelóide), melhora  e remodelagem do colágeno, aumento da drenagem linfática e incremento da circulação sanguínea.

Ou seja, se realizada de forma correta a técnica não causa flacidez, pelo contrário, estimula a produção de colágeno. Agora veja bem, o que a criatura estava fazendo? Ao invés de propor um tratamento com técnicas estéticas que ajudem a diminuir a flacidez de pele como a radiofrequência por exemplo, a bonita sugere a aplicação ERRADA de um recurso estético para CAUSAR flacidez na cliente…

To chocada… sem palavras… o que fazemos? Rimos? Choramos? não!!! A gente posta no blog para que outras pessoas aprendam e não cometam o mesmo erro…

E você? O que acha disso?

Mande sua pérola, venha se divertir conosco e contribua para o aprendizado de muuuuita gente!

Até a próxima!!

Referencias:

ADCOCK D, PAULSEN, S, JABOUR K, DAVIS, S, NANNEY, LB. Analysis of the effects of deep mechanic massage in the porcine model. Plastic and reconstrc Surgery, 2001.July 233-40.

BLOME DW. Endermologie: Its use in the cosmetic surgical practice. Cosm Dermatol 1999; jan: 31-36

 ANDRADE, M. Endermologia. Lisboa, Disponível em: <http://www.suzanabarreto.med.br/corpo/tratamento/endermologia.asp&gt;

BORGES, F. Modalidades terapeuticas nas disfunções esstéticas. 2006.Ed phorte.

Psoríase e suas pérolas

Dermatology consultation woman

olá Caçadores de Pérolas,

Estamos mais uma vez diante de uma pérola por um simples motivo: falta de conhecimento… Ninguém e obrigado a saber tudo, isso é fato, mas se vc não sabe, não fale asneira para o cliente/paciente. Seja honesto, diga que no momento não tem recursos para responder mas que procurará se informar e FAÇA ISSO rsrsrs.

Recebi uma paciente desesperada por causa da seguinte pérola:

A perola: Me falaram que não posso fazer nenhum tratamento estético pois tenho psoríase.   Eu questionei, e o que alegaram?

A perola 2: A moça me disse que minhas células da pele se dividem muito rápido e podem virar um câncer, estou desesperada.

Nem vou rir, pois apesar de engraçado a história é muito triste. Essa moça estava há dois dias sem dormir pensando que sua psoríase poderia virar um câncer.  Já pararam para analisar o poder das nossas palavras? O que a falta de conhecimento faz? As consequências disso?

Vamos la, explicar o porque dessa asneira gigante:

Psoríase é uma doença inflamatória da pele, crônica, BENIGNA, não contagiosa, multigênica (vários genes envolvidos), com incidência genética em cerca de 30% dos casos. Caracterizada pela presença de manchas vermelhas, espessadas e descamativas, que aparecem, em geral, no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. Podendo em outros casos se espalhar por toda a pele e também atingir as articulações.

Segundo Berkow, Beers, Bogin e Fletcher (2003), a psoríase é uma doença comum que afeta de 2% a 4% dos brancos. Os negros apresentam menor tendência a apresentá-la. A psoríase se manifesta, mais freqüentemente, em indivíduos entre 10 e 40 anos de idade, embora todas as faixas etárias estejam a ela suscetíveis.

Bork e Brauninger (1998) mencionam que a predisposição ao desenvolvimento da psoríase tem caráter hereditário, mas sua causa permanece desconhecida.

Brophy, Taylor, Blake e Calin (2003) concordam que há um componente genético na psoríase e estudos demonstram que se trata de uma doença auto-imune da pele. Uma pessoa pode nascer com uma predisposição genética para psoríase: esse dado foi encontrado em uma amostra de pacientes com psoríase, em que metade dos entrevistados relatou incidência de casos de diagnóstico na família.

O curso da doença varia individualmente, porém, em geral, tende a assumir um caráter crônico; muitos pacientes podem apresentar diversas formas de recidiva e piora do quadro. Para que a doença possa se manifestar, é necessária a presença de diversos fatores, cuja importância varia individualmente. Entre esses, podem ser citados irritação da pele causada por pressão, traumatismos e queimaduras por exposição ao sol, abuso crônico de álcool,stress físico, alguns medicamentos, infecções crônicas ou obesidade (Bork & Brauninger, 1998).

Ressalta-se a importância de diagnosticar a psoríase, pois, muitas vezes, o quadro pode ser avaliado erroneamente, uma vez que outros distúrbios também podem produzir placas e descamação similares. À medida que a psoríase evolui, o padrão descamativo característico é geralmente fácil de ser reconhecido pelo médico e, por essa razão, os exames diagnósticos comumente não são necessários. Contudo, para confirmar o diagnóstico, o médico pode realizar uma biópsia de pele (Berkow et al., 2003).

Os tipos de psoríase são:  http://www.psoriase.org.br

  • Psoríase em placas: tipo mais comum, com lesões róseas ou avermelhadas recobertas por escamas de cor branca;
  • Psoríase Invertida: lesões vermelhas leves que surgem normalmente em regiões de dobras,, como axila e virilhas;
  • Psoríase Gutata: Segundo tipo mais comum, com lesões pequenas que se assemelham as gotas;
  • Psoríase palmo-plantar: As lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e solas dos pés;
  • Psoríase Eritrodérmica: A forma mais grave e menos comum, com inflamações e manchas vermelhas em grandes áreas da pele;
  • Psoríase Ungueal: Quando as lesões de psoríase atacam as unhas, podendo fazer com que elas endureçam e se descolem da pele que está por baixo;
  • Psoríase Pustulosa: Forma aguda, com pústulas amicrobianas (embora haja aparência de “pus” as lesões não contém bactérias);
  • Artrite Psoriásica: Uma pequena porcentagem de portadores de psoríase pode apresentar inflamações nas cartilagens e articulações, desenvolvendo dor física e dificuldade de movimentação.

Psoríase não tem cura, tem tratamento (MAS NÃO VIRA CÂNCER, PELO AMOR DE DEUS!!!).  Não é que a pessoa não pode fazer nenhum tratamento estético, tudo depende de como está a doença se ativa ou não, onde estão as lesões. tratamentos como hidratação e fototerapias são extremamente indicados, mas para isso a pessoa precisa estudar e conhecer a patologia, sua evolução entre outras coisinhas mais… mas estudar cansa, então é melhora falar para cliente que ela não pode fazer nada… realmente querida, com vc que disse essa ASNEIRA é melhor ela não fazer nada mesmo….

Não há como prevenir a doença, embora seja possível controlar a reincidência. O tratamento da psoríase vai depender do quadro clínico apresentado, pode variar desde a simples aplicação de medicação tópica até tratamentos mais complexos.

A resposta ao tratamento também varia muito de paciente para paciente e o componente emocional não deve ser menosprezado.

Uma vida saudável, evitando-se o estresse vai colaborar  para   melhora.

Mande sua pérola e colabore com o aprendizado de tantas pessoas! estude sempre e pense antes de falar…

Até a próxima!

Referencias:

Bork, K., & Brauninger, W. (1998). Dermatologia clínica: diagnóstico e terapia (2a. ed., pp.127-130). São Paulo: Manole.

Berkow R., Beers M. H., Bogin R. M., & Fletcher A. J. (2003). Manual Merck de informação médica: saúde para a família (pp.1033-1034). São Paulo: Manole.

Brophy, S., Taylor, G., Blake, D., & Calin, A. (2003). The interrelationship between sex, susceptibility factors, and outcome in ankylosing spondylitis and its associated disorders including inflammatory bowel diseases, psoriasis, and irits. Jounal Rheumatol, 30 (9), 2054-2058.

http://www.sbd.org.br/campanha/psoriase/sobrepso.aspx

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2007000200012

Ácido Hialurônico e suas pérolas parte 2

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Ola Caçadores de pérolas!

Hoje vamos falar novamente do acido hialurônico, pobrezinho!

A pérola: O acido hialurônico deve ser aplicado com muita cautela pois é um ácido muito esfoliante

Para muitos pode nem parecer, mas é uma pérola sim. Você sabe por quê?

Vamos relembrar:

Esse ácido é abundantemente encontrado em todos os animais, preenchendo as lacunas entre as células. O ácido hialurônico é componente de importantes líquidos do corpo, como, por exemplo, o líquido sinovial, que tem a função de lubrificar as articulações sinoviais, e o humor vítreo, líquido viscoso que atua na manutenção da forma esférica do olho. A maior parte do ácido hialurônico do organismo está situada na pele, o que confere ao órgão volume, sustentação, hidratação e elasticidade (Gally, 2010)

Ácido hialurônico, ou hialuronan, é um polímero formado pela repetição da uma unidade dissacarídea única, ácido D-glicurônico e D-N-acetil glucosamina. Nessa estrutura polimérica pode ser ligado um grande número de proteoglicanas sulfatadas, de até uma centena. Essas estruturas supramoleculares podem ‘capturar’ moléculas de água e alguns íons, promovendo hidratação e turgor tissular (Nusgens,2010)

Devido a suas propriedades físico-químicas excepcionais e capacidade higroscópica, assim como à participação das diversos processos biológicos, o ácido hialurônico é um componente essencial da MEC (gally, 2010) Metabolicamente, o ácido hialurônico é muito ativo: a meia vida desse composto na pele é de um dia. Embora esteja presente em todos os tecidos, mais de 50% do AH encontra-se na pele. Na epiderme, participa da proliferação e da diferenciação das células basais.

O AH é uma das moléculas mais higroscópicas da natureza, pelo que, quando hidratado, pode conter cerca de 1000 vezes o seu tamanho em moléculas de água. Assim, este efeito é particularmente relevante ao nível da pele, pela sua capacidade hidratante (e não esfoliante), o que contribui para manter ou recuperar a sua elasticidade.

O AH exibe também efeito antioxidante, porque funciona como agente sequestrante de radicais livres, o que aumenta a proteção da pele em relação à radiação UV e contribui para aumentar a capacidade de reparação tecidual.

Na medicina ácido hialurônico é aplicado ao tratamento da artrose (uma doença crônica degenerativa das articulações), e, experimentalmente, para tratar de doenças  do conjuntivo como, por exemplo, distúrbios oculares, deficiências de cicatrização, enrugamento precoce da pele e traumas. Utilizado na aplicação  em rugas de diversas regiões como periorais, sulco nasogeniano , sulco nasojugal tamb’em ‘e utilizado para dar mais volume aos lábios e ao zigomático.

Na área cosmética ele é usado numa gama de formulações que variam desde shampoo até loções, géis pós barba, loções corporais, faciais entre outras.

Aprendeu? Gostou? Mande sua pérola e venha aprender e se divertir conosco!!

Até a próxima

Referencias

Nusgens BV. Hyaluronic acid and extracellular matrix: a primitive molecule? Laboratoire de Biologie des Tissus Conjonctifs, GIGA-Recherche, Université de Liège, Belgique. Ann Dermatol Venereol. 2010 Apr;137 Suppl 1:S3-8.

Gall Y. Hyaluronic acid: structure, metabolism and implication in cicatrisation. Service de Dermatologie, CHU de Toulouse – Hôpital Purpan, TSA40031, Place du Dr Baylac 31059 Toulouse cedex 9, France. Ann Dermatol Venereol. 2010 Apr;137 Suppl 1:S30-9.

Microagulhamento e suas pérolas parte 2

Nude Woman

Olá Caçadores de Pérolas!

Como toda técnica que está em alta essa não ficaria longe das pérolas rsrsrs. Essa foi sensacional!

A pérola: Não pode fazer microagulhamento em estrias de mamas de quem tem prótese de silicone pois pode furar a prótese.

Fala sério, né? Ou  a pessoa não conhece nada da técnica ou não pensa antes de falar.

VAMOS LÁ:

A mamoplastia de aumento é uma das cirurgias estéticas mais procuradas do Brasil. É caracterizada pela inclusão de próteses de silicone que pode ser colocadas em dois locais diferentes:

Por baixo da glândula: a prótese é colocada entre o tecido mamário e o músculo peitoral. Isso facilita a cirurgia e causa menos dor para a paciente depois da operação. Mas o implante pode ficar aparente se a paciente for muito magra, pois, por ser uma região mais superficial, não há pele suficiente para cobrir as bordas da prótese.

Por baixo do músculo: trata-se de uma técnica mais sofisticada, pois o cirurgião plástico vai precisar chegar até o músculo para alojar a prótese. Como fica instalado de forma mais profunda, o resultado é mais natural, principalmente para mulheres magrinhas. Essa localização também diminui o perigo da contratura capsular, um dos riscos dessa cirurgia e facilita a realização de mamografias. Em compensação, nos primeiros dias depois da cirurgia, a dor é intensa. Outra desvantagem: há maior risco de um deslocamento caso o músculo da mulher seja muito forte.

A cirurgia de inclusão de prótese mamária pode levar de duas a quatro horas e é realizada com anestesia geral ou local e sedação. O tempo de internação varia entre 12 e 24 horas, dependendo do tipo de anestesia utilizado.

O microagulhamento é uma técnica que faz uso de um cilindro com agulhas que variam de 0,2 a 3,0mm de comprimento. É sabido que apenas 70% do comprimento da agulha penetra na pele ou seja o roller que mais se aprofunda não chegaria aos 3mm.

Como vocês podem ver claramente, ainda que se for colocada abaixo da glândula, o roller jamais chegaria perto da prótese, visto que antes dela ainda tem todo tecido mamário e adiposo.

Sem palavras, o roller pode e deve ser aplicado em estrias de mama, com segurança, ok?

Participe, mande suas pérolas!!!

Até a próxima!

Referencias:

CARREIRÃO,S., LIVRO DA SBCP, Cirurgia Plástica, Editora Atheneu, São Paulo, 2005

FRANCO, T.- Princípios de Cirurgia Plástica, Atheneu, Rio de Janeiro, 2002.

figura retirada do site:http://www.drwagnermontenegro.com.br/cirurgias-plasticas/mamas/protese-de-silicone-mamoplastia-procedimento.php

Manta térmica e suas pérolas

Butter melting in a pan

Olá Caçadores de pérolas!

Hoje vamos falar sobre um recurso que ainda é muito utilizado em clínicas de estética e que é responsável por muitas pérolas: a manta térmica.

 A pérola: A manta térmica derrete a gordura.

Que maravilha! Pq então existem tantos obesos no mundo? Para que fazer cirurgia bariátrica??? Vamos dormir enrolados em manta térmica e acordar igual a Olívia palito.

Por favor pessoal, vamos pensar um pouco antes de falar. Volto a dizer, leigos tudo bem, ninguém é obrigado a saber, agora ouvir isso de profissionais já é demais né?

A manta térmica funciona através de calor superficial!!! SUPERFICIAL. São consideradas modalidades de calor superficial os que limitam à região cutânea, alcançando a profundidade de 1 a 3 cm tendo como resposta aquecimento local e deve atingir 40 à 45 ºC, na superfície da pele, para produzir efeitos terapêuticos (Lehman e Cols., 1974).

Efeitos locais:

  • Produção de calor
  • Vasodilatação
  • Aumento do fluxo sangüíneo
  • Aumento do metabolismo
  • Aumento da viscosidade dos tecidos
  • Diminuição da atividade do fuso muscular
  • Aumento da temperatura corpórea
  • Diminuição da pressão sangüínea
  • Aumento da atividade das glândulas sudoríparas
  • Aumento do consumo de oxigênio
  • Aumento da atividade enzimática
  • Diminuição da viscosidade intra-articular
  • Aumento da permeabilidade celular
  • Aumento da fagocitose
  • Aumento da eliminação de metabólicos
  • Aumento do débito cardíaco

Em nenhum livro de fisiologia se fala em quebra de gordura, metabolismo de gordura, se alg encontrar por favor me manda por email.

A temperatura do corpo considerada normal é 37º Celsius.  Esta é a temperatura ideal de acordo com o ambiente para manter a homeostase do corpo.  Este nível de temperatura é regulado através do hipotálamo, uma glândula abaixo do cérebro que tem como função regular a temperatura corporal, apetite, sede e outras funções. Existem vários mecanismos naturais para aquecer e resfriar o corpo conforme a necessidade de manter esta temperatura ideal.

A cada 1 grau de aumento nessa temperatura o metabolismo corporal aumenta em 13%.  A paciente deve ficar de 15 a 30 minutos na manta e com isso, segundo os fabricantes o aumento da temperatura é apenas local.

Além disso o calor não faz derreter gordura, calor faz a pessoa desidratar, perder liquido e pode acelerar o metabolismo, mas até aí eliminar a gordura o caminho é beeeeeeem longo.

Para ocorrer a metabolização do tecido adiposo, muitos outros fatores devem acontecer, como maior gasto de energia, menor fornecimento, e por ai vai…

Mande sua pérola, participe!!!

Ionização e suas pérolas

Woman Having Facial

Olá Caçadores de Pérolas!

Hoje a pérola é especial! Fui fazer uma limpeza de pele num local (muito bom por sinal) e no meio da limpeza eis que a atendente me solta a pérola:

A Pérola: Agora eu vou ionizar um produto para controlar a oleosidade da sua pele. DETALHE QUE A MOÇA ESTAVA PASSANDO O PRODUTO COM AS MÃOS.

Não aguentei e questionei para ver até onde ia. Nossa que interessante, você pode me explicar como funciona?

Pérola 2: Claro! Quando eu dou essas batidinhas o produto penetra mais na sua pele por que eu estou empurrando ele!

UAUUUUUUUUUUUUUUU! nem continuei porque a vontade de rir era tanta que tive medo de ser indelicada.

Ionização é uma técnica que consiste em uma atuação da corrente galvânica sobre a pele aumentando o processo de absorção dos princípios ativos dissolvidos em substâncias aquosas com propósito terapêutico (KITHEN & BAZIN, 1996)

A finalidade terapêutica da ionização dependerá das características das substâncias utilizadas. Essas se encontram na forma de soluções ionizáveis e, diante do campo elétrico da corrente galvânica, são movimentadas de acordo com sua polaridade, assim como da
polaridade do eletrodo ativo. Portanto, deve-se observar a polaridade do produto a ser ionizado, ou seja, se a substância possuir polaridade positiva, o eletrodo ativo também deverá possuir esta polaridade (BORGES e VALENTIN, 2006; CICCONE, 2001).

COSTELLO e JESKE (1995) citam alguns cuidados para que devem ser observados para que o transporte transdérmico ocorra, incluindo a necessidade de baixo peso molecular, baixa dose e adequado equilíbrio entre a lipossolubilidade e hidrossolubilidade (coeficiente de proporção água-lipídio), pois a substância deve ser igualmente solúvel em água e solventes orgânicos. COMO PODEM VER  SE COM CORRENTE JÁ É COMPLICADO REALIZAR ESSE TRASNPORTE, COMO É QUE A COLEGA CONSEGUE EMPURRAR O PRODUTO COM BATIDINHAS????

Fala se não é pra morrer de catapora???

Gostou? Aprendeu? Siga o blog e fique por dentro das pérolas! Mande a sua também!

Até a próxima!

 

Referências

Borges FS, Valentin EK. Iontoforese. In: Borges FS. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.

Ciccone CD. Iontoforese. In: Robinson AJ, Snyder-Mackler L. Eletrofisiologia clínica: eletroterapia e teste eletrofisiológico. 2. ed. Artmed: Porto Alegre 2001.

Costello CT, Jeske AH. Iontophoresis: applications in transdermal medication delivery. Phys. Ther. 1995; 75(6): 554-63.

Kitchen, S e Bazin, S – Eletroterapia de Clayton – Ed. Manole – 10a. edição – 1996 – São Paulo – SP

Melasma e suas pérolas

Woman holding magnifying glass to face

Olá Caçadores de pérolas! Bem vindos!

Hoje o post é sobre um assunto que assusta a maioria das mulheres: O melasma.

A pérola: A única forma de tratar o melasma é com tratamentos que exponham a derme para retirar a melanina que está presa aqui embaixo ó. (Ela estava mostrando no desenho)

SEEEEEEEEEEEEENSACIONAL!!!!! Quase cai de costas… sim eu ouvi e vi, ninguém me contou rsrsrsrs.

Vamos por partes:

Melasma é condição clínica comum, adquirida, caracterizada por hiperpigmentação macular progressiva e simétrica, localizada em áreas fotoexpostas, de coloração variável, do castanho claro ao cinza. Mais comumente envolve proeminências malares, fronte, lábio superior, região nasal, queixo, pescoço, colo e antebraços. As lesões geralmente são bem demarcadas e simétricas.

A etiopatogenia da doença persiste inconclusiva,porém vários fatores são descritos:radiação solar, gravidez,  cosméticos, doenças endocrinológicas  e medicamentos, principalmente a terapia de reposição estrogênio-progesterona e o uso de anticoncepcionais hormonais.

Grimes (2005) cita que histologicamente, é classificado quanto à localização do pigmento, podendo ser epidérmico, dérmico ou misto. Epidérmico (quando a melanina esta na epiderme), dérmico (quando a melanina está na derme) e misto (quando há melanina nas duas camadas)

Para  Batgatin o objetivo do tratamento é reduzir a síntese de melanina, inibir a formação de melanossomas e promover sua degradação. Independentemente do despigmentante utilizado, a foto proteção de amplo espectro é essencial para prevenir a formação de nova melanina e para diminuir a oxidação da melanina pré-formada

Vários tratamentos estão disponíveis, como agentes despigmentantes, peelings químicos, microdermabrasão, Lasers e luz intensa pulsada.  Steiner et al (2009).,em recente revisão sistêmica, mostraram que foto protetores de amplo espectro (UVA e UVB),associados a cremes despigmentantes,constituem a base do tratamento do melasma.

Como evidenciado pelos autores, já que não se trata apenas de um tipo de melasma, diversos tipos de tratamentos podem ser realizados e NÃO SERÁ A ÚNICA FORMA DE TRATAR MELASMA EXPOR A DERME. Tratamentos mais superficiais como peeling de diamante, peelings químicos superficiais associados a cosméticos despigmentantes podem responder muito bem quando se tratar de melasma epidérmico!

Participe, mande sua pérola e venha se divertir conosco!

Referencias

Bagatin E,Hassun K,Talarico S.Revisão sistêmica sobre peelings químicos. Surg & cosmetic dermat 2009;1:37-46.

Grimes PE.Melasma.Etiologic and therapeutic considerations.Arch Dermatol.1995;131(12):1453-7

Grimes PE, Yamada N, Bhawan J. Light Microscopic, Imunohistochemical, and Ultrastructural Alterations in Patients with Melasma. Am J Dermatopathol. 2005; 27 (2):96-101

Steiner D,Feola C,Bialeski N,Silva FAM.Tratamento do Melasma:revisão sistêmica.Surg Cosmet Dermatol.2009;1(1):87-94.

 

Drenagem Linfática e suas pérolas parte 4

drenagem linfatica© Copyright 2013 CorbisCorporation

Olá Caçadores de Pérolas,

Hoje a pérola foi sugerida por uma seguidora do blog.

A pérola: Se vocês não fizerem as manobras de drenagem direito irão perder a linfa.

HAHAHHAHAHHA! Cuidado pessoal, não podemos perder a linfa por aí! Coitada da sua cliente! Como você pode ser tão descuidada e perder a linfa dela….

Vamos explicar do princício.

O que é Linfa?

Linfa, vem do latim e significa água cristalina.  A teoria da formação da linfa está baseada na lei de Starling, através da dinâmica existente entre os líquidos intersticiais e os capilares sanguíneos e linfáticos.  ocorre a ultrafiltração no capilar arterial e a entrada do liquido intersticial no vaso linfático que passa a se chamar linfa. (LOPES, 2002; Sanches, 2006)

A reabsorção do líquido intersticial é feita 90% pelo capilar venoso e de 10% pelo linfático.

A movimentação da linfa dentro do sistema linfático depende da pressão desse líquido, das valvas presentes nos vasos, da contração da parede desses vasos, da contração muscular, dos batimentos cardíacos entre outros fatores. A drenagem linfática manual é uma das técnicas que pode aumentar a velocidade do fluxo linfático. (LEDUC, 2000)

Os movimentos de evacuação dos linfonodos são feitos sobre os mesmos e servem para aumentar o processo de filtragem da linfa. Os movimentos de captação são realizados com a finalidade de captar a linfa do interstício e fazer com que a mesma consiga entrar no vaso linfático ou seja O objetivo da captação é absorver os líquidos excedentes da região com estase (com edema, celulite, etc.) e transportá-la através dos vasos linfáticos de volta para a circulação venosa. (DE BARROS, 2001)

Como se sabe a velocidade de bombeamento da linfa é de 2 a 4 vezes por minuto e a mesma pode ser aumentada com a drenagem. Nas manobras o objetivo é fazer com que a linfa saia do interstício, entre no capilar e dentro desse vaso, o sistema irá transportar a linfa, já que o mesmo possui valvas e músculo em sua parede e consegue transportar a linfa sozinho.  Isso é nítido. Se o sistema não fizesse isso, todos nós morreríamos pois os líquidos não seriam eliminados. Quando você realiza a técnica você está atuando na primeira porção do sistema, a mais superficial ( a que mais necessita de ajuda), ninguém consegue manter a linfa sobre a mão, ou perder a linfa.Isso não existe. o que nós fazemos é  aumentar a pressão e fazer com que o líquido entre no vaso e dar um direcionamento do trajeto e aumentar sua velocidade. Graças a  DEUS o corpo sabe o caminho e a linfa não vai se perder…

Espero que tenha ficado mais claro. Não percam a linfa de vocês, hein?

Participe! Mande sua pérola, venha aprender conosco.

Referencias

LEDUC, A. ET al. Drenagem Linfática Teoria e Prática. SP: Ed Manole. 2000.

DE BARROS, M. H. Fisioterapia: Drenagem Linfática Manual. São Paulo: Robe, 2001.

LOPES, M. Drenagem Linfática Manual e a Estética. Blumenau: Odorizzi, 2002.

Massagem Modeladora e suas pérolas

hematoma

hematoma

Olá Caçadores de pérolas!

Hoje vamos falar de uma das mais polêmicas técnicas na estética: a massagem modeladora. Teremos muitos posts sobre ela.

A pérola: Eu faço massagem modeladora e saio toda roxa, mas é ótimo sinal que vai dar resultado.

Gente, eu quase desmaio quando ouço isso.

Vamos pensar um pouco? Alguém aqui olha um hematoma (um roxão) e acha bonito? fica feliz em ter um? NÃO!!! Pq NÃO? Porque hematomas são sinais de que algo está errado, que houve uma lesão.

Por definição um hematoma é uma coleção ou um acúmulo de sangue num órgão ou tecido, devido a ruptura dos vasos sanguíneos. Geralmente causado por traumas ou doenças hematológicas. (Azulay, 2009)

Sampaio (2000) cita que ele costuma vir associado com dor, edema (inchaço) e uma coloração azulada-avermelhada-arroxeada e até mesmo preta. Pode levar semanas e até meses para desaparecer dependendo da gravidade do mesmo.

Ou seja, quando você sai da massagem e aparecem os hematomas é sinal de que houveram lesões em seus vasos e portanto a massagem não foi executada da melhor forma possível. Além disso ao invés de melhorar, você pode piorar a sua celulite

Vários fatores podem causar o hematoma na massagem: o excesso de força pela executora da massagem, tempo excessivo de aplicação da técnica associado a produtos vasodilatadores, fragilidade capilar da cliente, execução inadequada das manobras.

Infelizmente muitos profissionais não querem estudar, se atualizar e realizar cursos e acabam assistindo fitas de massagem ou vendo vídeos no youtube e acreditam estar aplicando de forma correta.  Procure sempre um profissional capacitado para realizar seus procedimentos.

Pare, reflita, estude! Mande sua pérola e venha aprender conosco

 

Referências

AZULAY, R. D.; AZULAY, D. R. Dermatologia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A. Dermatologia Básica. 2ª ed. São Paulo: Artes Médicas, 2000.